Cruz da VI Marcha Contra a Corrupção é construida em mutirão

Cerca de 25 militantes da FTP passaram todo o dia de domingo (29.07) na localidade rural Passagem de Santo Antonio, 40kms de Teresina. Os combatentes tinham como missão principal colher madeira e construir a cruz que será levada pelos marchantes para Santa Cruz dos Milagres.
Acomodados numa casa de taipa os combatentes e comunidade parilharam seus sonhos na construção de país mais justo, honesto e transparente. Participando das atividades e cuidadosamente acomodado, estava o pequeno Gandhi Barros Dantas, simbolizando a responsabilidade que temos na construção de mundo em que sua geração possa viver com mais dignidade. Simboliza o (a) filho(a) de todos pais e mães e seu sorriso a confiança de que nosso legado não será a destruição da ética e do planeta.

Os trabalhos foram acalorados pelo sol forte do domingo. A madeira escolhida foi aproveitada da mata derrubada para feitura de roça evitando o sacrifício de mais uma árvore. Dentre os militantes contamos com a presença de carpinteiro (Orlando Lima) que contribuiu muito na escolha da madeira e na construção da cruz. Lavradores do assentamento, também, deram grande ajuda no deslocamento pelo mato.

A busca da madeira e construção da Cruz foi marcada pela aventura, alegria, esforço físico, contato distante com cobra e arranhões de “unha de gato”. Muitas peles desacostumadas com o sol ficaram bastante curtidas. No caminhar pela mata o som dos tambores do grupo ABÁ avisava aos animais silvestres que humanos se aproximavam.

O rufar dos tambores também acompanhava nossos cânticos fazendo daquela escalada de morro, do medo do desconhecido mato, das unhas de gato, do sol escaldante, um poema cantado e declamado com suor e felicidade.

As matas da Passagem de Santo Antonio ganharam neste domingo pegadas de pés dispostos a construírem novos caminhos para esta pátria. Daquelas matas, outrora latifúndio e libertadas pela luta dos campesinos que nos receberam, sai uma Cruz que será símbolo de sofrimento e libertação.

Aquela terra quente, também, recebeu os passos do Grupo de Balé de Teresina que longe dos palcos e dos movimentos leves e suaves encenaram os primeiros ato da opera que construiremos na VI Marcha.

O Grupo ABÁ com seus jovens guerreiros entoaram pelo espaço daquelas quebradas o som da paz motivador do acordar de nosso povo. A paz, que não é a dos cemitérios, a paz que é da gritaria da meninada na hora recreio nas escolas. A paz que não é a dos hospitais, a paz que é do suspiro de espanca cheio de crença de que seremos vitoriosos.

Pelas matas, berço da nossa Cruz, ficaram os passos da associação dos catadores de lixo do Piauí – ASCAMARES. Tirando do lixo vida a ação do companheiro demonstra solidariedade partilhando sua coragem e saber de reciclador aumentando nossa esperança na reciclagem do comportamento omissivo em relação ao combate à corrupção.

O sindicato dos urbanitários e o Instituito Gandhi estiveram presentes com seus militantes trazendo a força da organização sindical e a lembrança da luta do libertador da Índia.

Também participaram do evento cidadãos e cidadã vinculados eticamente a luta por uma Brasil sem corrupção.

O Balé de Teresina se comprometeu a fazer oficinas de dança com as crianças da comunidade.

No final das atividades foram plantas arvores frutíferas por cada uma das entidades presentes.

Relação dos combatentes que participaram da atividade: Lídia Cunha, Gisélia Ramos, Maria Éster da Silva, Anísio Monteiro, Gorete Oliveira, Nei de França, Josimar Santos, Josimo da Cunha, Manoel Silva, Nádia Cardoso, Maria Telmira da Silva, Fábio Sousa, Juraci Oliveira, Daniel de Sousa, Edmar de Sousa e Silva, Paulo José da Silva, Francisco Xavier de Oliveira, José Batista Lima, Andersson Luiz da Silva, Francinaldo Ramos, Waldek Ferreira, Rondinele dos Santos, Rafael Alves de Sousa, Gleyson de Sousa, Gilliard Mauro, Débora Rodassi, Antonia Luciana, Marlene Santana, Michelly da Silva, Cícero dos Santos, Wenceslau Gomes, Carlos Alberto Aguiar, etc.