quinta-feira, 23 de agosto de 2007

A paciência de quem marcha

Foto da V Marcha. Marchantes em rumo à Brasília

A Marcha não é apenas um ato político. Ao caminhar se percebe o quanto de reflexões sobre a vida, suas dores e alegrias brotam naturalmente. Tem-se tempo suficiente diante dos olhos e do corpo. A estrada com horizonte distante e movediço pelo vapor quente e os passos repetidos, o cansaço que já não permite brincar, cantar, correr ou contemplar a natureza levar o marchante a uma viajem interior. Perguntas como: Será se vale a pena? O que tenho feito da vida? Será se suportarei chegar? Os olhos irrigados pelo suor da testa lacrimejam e seguem mirando a cada lista branca do asfalto.

Neste contexto reflexivo se percebe que a grande distância será vencida com passos curtos. Assim é a vida e a luta que está se gerando passo a passo.

Caminhando nos conhecemos mais e a paciência se amplia, desta forma fica mais fácil marchar.
A grande marcha interior é continua e repleta de surpresas. Quando as duas se juntam muita descobertas podem acontecer. É um momento mágico e de grande crescimento. Coisas que só os que marcham podem sentir.

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