Nesta sexta (12) pela manhã,
representantes da Força Tarefa Popular (FTP), Marcha Contra a Corrupção,
estiveram na sede da Advocacia Geral da União (AGU). O objetivo era
receber a relação dos convênios requisitados pelo movimento. No
material, consta detalhes de obras e repasses federais encaminhados a
vários municípios do Piauí. Setores de educação, saúde, habitação,
assistência Social e outros estavam entre alguns dos materiais
recebidos.
Arimatéia Dantas, coordenador da Marcha
Contra a Corrupção conta que os documentos tratam de uma parceria da FTP
com a AGU para obter mais detalhes dos repasses federais, em sua
preferência, aos municípios do interior do estado. O objetivo, é saber
se os projetos aprovados e com recursos enviados estão sendo executados
de forma íntegra pela gestão municipal das cidades.
- Com essas informações seguimos para o
campo e apresentamos para a população se a rua foi feita, se estão
cientes que teriam obras como pavimentação de ruas, perfuração de poços e
outros. Com essas informações e documentos temos uma fiscalização mais
real e também conseguimos fazer com que a gestão pública fique mais
preocupada com a eficiência, não só em fazer a obras; disse Arimatéia.
Segundo o Advogado da União, Dr. Sérgio
Miranda, os órgãos de fiscalização, por si só, não tem condições de
fiscalizar os atos do governo. Sérgio conta que é necessário mais
investimentos para que a sociedade fique por dentro dos atos do poder
público, sobretudo no que diz respeito a convênios com repasses de
recursos e construção de obras.
- É uma obrigação do governo repassar
informações sobre novos repasses que entram nos municípios. Câmaras,
sindicatos e partidos precisam saber, é uma obrigação do estado e muitos
não cumprem. Os órgãos de fiscalização não conseguem fiscalizar de
maneira eficaz, é uma área que requer investimentos, pois o retorno das
ações de fiscalização para o estado é enorme; disse Sérgio.
Para Arimatéia, o maior incentivo para a
corrupção nos municípios é a omissão da população diante dos atos
políticos. A Marcha Contra a Corrupção é uma forma de abrir os olhos da
população para a fiscalização do poder público.
- As autoridades não podem estar em todo
lugar ao mesmo tempo, mas o povo pode. Tendo o olho do povo, preparado
para fiscalizar, conseguimos fazer essa fiscalização mais eficiente.
Queremos dar informação a sociedade sobre as obras. A diferença é que o
cidadão vai ter a certeza com o documento das obras que virão e não
especulações; disse Arimatéia.
Dos documentos recebidos, um já
apresentava dados incompletos. A FTP requisitou a lista de beneficiários
da Funasa que iriam receber novas casas no combate a Doença de Chagas. O
procedimento agora é requisitar a lista por meio da AGU, para assim dar
prosseguimento à fiscalização de campo no local.
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