Movimento solicitou informações sobre o andamento de obras
A coordenação da Força Tarefa Popular entregou, na manhã desta segunda (23), um documento à superintendência do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca cobrando informações sobre o andamento das obras nas barragens de Piaus, Poço do Marruá e Estreito.
Evelin Santos/Cidadeverde.com
Para o coordenador do movimento, Arimateia Dantas, a contradição na região de Picos é grande. "O número de pessoas que podem ser beneficiadas chega a 300 mil. Vimos de perto a seca, o clamor é por água. As barragens de Estreito e Piaus com muita água acumulada e tanta seca espalhada. Vimos muitos carros-pipa, como se fosse ambulância no meio de uma tragédia. A gente vê todo esse sofrimento no meio de um mundo de água", explica Arimateia.
O documento, com base na Lei de Acesso a Informação, solicita que o Dnocs divulgue dados como o montante gasto nas obras, quais empresas responsáveis, quais prazos foram estipulados para a entrega, os motivos para a demora na conclusão e se há plano de ação para acelerar essas obras.
"Foi criado o Movimento Água Já, com todos os municípios do semiárido. Se precisar reivindicar, vamos levar muita gente até Teresina e, se for o caso, levar o problema às autoridades internacionais", afirma.
A Força Tarefa percorreu os municípios de Marcolândia, Francisco Macêdo, Alegrete, Vila Nova e Campo Grande em 10 dias.
"Neste mesmo tempo se percebeu o grande potencial hídrico da região composta por três grandes barragens, as quais apresentam projetos de distribuição de água para estes e os municípios de Pio IX, Fronteiras, São Julião, Patos. Estima-se que 300.000 famílias estejam esperando a conclusão das adutoras que levarão água a estas comunidades, acabando com o sofrimento de séculos destes nordestinos", diz o documento.
Leilane Nunes
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